Obama disse que a História vai julgar o impacto da figura singular de Fidel.
"Nunca haverá homem e camarada como Fidel", declarou Evo Morales.
O presidente eleito dos Estados Unidos chamou Fidel Castro de "ditador brutal que oprimiu seu povo por quase seis décadas". Donald Trump disse "esperar que a morte de Fidel marque o início do fim dos horrores" e prometeu que seu governo fará de tudo para garantir que o povo cubano caminhe para a prosperidade e a liberdade.
O presidente Barack Obama disse que os Estados Unidos estenderam a mão da amizade para o povo cubano e afirmou ainda que a "História vai julgar o impacto da figura singular de Fidel nas pessoas e no mundo ao redor dele". Ele lembrou que, durante o seu governo, os dois países trabalharam juntos para deixar pra trás desentendimentos políticos profundos.
Durante a campanha presidencial, Donald Trump deixou claro que iria reverter a aproximação, um processo de três anos que é visto como uma das vitórias do governo Obama.
Em 20 de março de 2016, com a mulher e as filhas, Barack Obama foi o primeiro presidente americano a visitar Cuba desde 1928.
A visita histórica culminou um longo processo de reaproximação iniciado pelo Papa Francisco, em 2013.
Em dezembro de 2014, depois de um ano e meio de negociações secretas, Obama e o presidente cubano, Raul Castro, anunciaram simultaneamente na TV a retomada de relações.
"Cinquenta anos de isolamento não funcionaram. Chegou a hora de uma nova abordagem", disse Obama.
Obama liberou a importação de produtos cubanos, como charutos e rum, facilitou a viagem de americanos a Cuba e a remessa de dinheiro para cubanos. Mas não convenceu o Congresso a suspender o embargo, imposto em 1960, que proíbe o turismo e o comércio em larga escala com a ilha.
Em Havana, o anfitrião de Obama foi o presidente Raúl Castro. Fidel, que apesar de doente era visitado por todos os líderes que passavam por Cuba, não recebeu Obama e ainda fez duras críticas ao presidente americano, que chamou de "imperialista".
Na manhã deste sábado (26), depois da notícia da morte de Fidel, os primeiros a reagir foram os aliados de Cuba na América Latina.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que "nunca haverá um homem e um camarada como Fidel".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, escreveu que "Fidel parte para a imortalidade dos que lutam toda a vida".
Para o presidente do Equador, Rafael Correa, "foi-se um grande. Morreu Fidel".
Houve reações também do presidente do México, Enrique Peña Nieto, que chamou Fidel de "referência emblemática do século XX".
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, disse que Fidel será lembrado pela liderança na Revolução Cubana e pelos avanços nas áreas de educação e saúde, e que espera que o país siga com as reformas, em busca de mais prosperidade e direitos humanos.
A Anistia Internacional disse que o legado de Fidel na área de direitos humanos tem duas faces: os avanços promovidos por Fidel e que deram ao povo cubano maior acesso aos serviços públicos são confrontados por uma repressão sistemática das liberdades individuais.
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